Quarentena

Quarentena: 6 Lições para serem aprendidas sobre a vida

Ficar em casa por conta da quarentena, isolamento social, cancelamentos de eventos e pedidos de socorro decerto nunca foram tão estampados, diariamente, nas capas dos jornais mais famosos do mundo.

Inegavelmente o vírus causado pelo Covid-19, se espalhou pelo globo, e pressionou a vida de milhares de pessoas em um nível social, econômico e político.

Enquanto tudo parecia estável, e os casos no Brasil eram tão distantes quanto a China, nada se apresentava tão perigoso e assustador aos brasileiros.

Mas na China, era véspera de ano novo, e não havia ninguém nas ruas, nos hotéis ou estações de trem.

Desse modo, mais de 10 cidades foram isoladas, e 30 milhões de pessoas tiveram suas vidas afetadas. Analogamente,o vírus continuou se espalhando, e no Brasil, tudo ainda se transformava apenas em meme.

A França foi o primeiro país europeu a registrar o caso quando o vírus se
espalhou. Os países europeus foram impactados de forma mais significativa
que os países asiáticos por conta de suas viagens. A Europa demorou a cancelar seus voos, e aparentemente, foi uma das razões para a rápida
disseminação do coronavírus.

A verdade é que, quando o vírus chegou ao Brasil, e as primeiras medidas deisolamento foram tomando forma, o pânico tomou conta do país. O Brasil
precisou parar.

Escolas, comércio, shopping center’s.. nada mais funcionou.
As mortes, que até então, pareciam somente números, começou a ter
identidade. E isso começou a incomodar.

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Como é viver na prática o período de quarentena no
Brasil?

Se tivesse uma votação sobre qual palavra define o que é uma quarentena
no Brasil, com certeza a escolhida seria “pressão”.

Quando tudo começou, a primeira preocupação foi o sistema de saúde.

Certamente, o que seria dos brasileiros se o sistema fosse privado como é feito nos Estados Unidos?

Todos os outros países infectados antes do Brasil mostraram que somente com o isolamento social pode evitar o colapso do sistema de saúde de um país.

Se serve de comparação, em poucos meses o coronavírus já matou mais
estadunidenses que a Guerra do Vietnã. No conflito, 47.434 foram mortos em combate de 1955 a 1975.

Em menos de quatro meses, foram 73.211 mortes causados pelo vírus somente nos Estados Unidos.

Insegurança, medo, preocupação são os sentimentos que o brasileiro
carrega durante a quarentena que parece não ter fim. A tensão tomou conta
daqueles que estão preocupados com o aumento do desemprego, das
crianças sem o aprendizado, e pela quitação de contas com suas
necessidades pessoais.

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O que a quarentena nos mostra sobre a vida?


Com todo o desfecho da pandemia, e enquanto as nações tentam se
reerguer, o impacto da situação apocalíptica é capaz de levantar algumas
questões importantes sobre nossos valores, hábitos e métodos de trabalho:

1º – Se preocupar mais com o próximo:


Durante a pandemia, decerto custamos a entender que ficar em casa, em isolamento, é um ato de proteger quem está à nossa volta. Mas a preocupação com a vida alheia só veio quando um pai, uma mãe ou qualquer outro grau de parentesco foi afetado.


Portanto, diante da dificuldade e do pânico, aprendemos a ser mais solidários e gentis, oferecendo ajuda nos mais variados casos. Então cuidamos do próximo quando temos um simples gesto, tal como cobrir a boca quando espirrar.


2º – Saúde Mental está em primeiro lugar:


Mesmo com a pressão que a quarentena traz, não vale a pena derrubar sua saúde mental com preocupações, mas sim, em buscar soluções. Certamente ocupar a mente com os afazeres da casa, do trabalho ou até dos estudos é um método eficaz para esvaziá-la e começar do zero outra vez, ao invés do esgotamento mental.

3º – A informação importa na quarentena:


Pânico e ansiedade foram as palavras da vez na vida de muitos durante a
quarentena. Há apontamentos que muita informação sobre o Covid-19
trouxeram pessoas à loucura. Buscar pelo verídico evita a propagação de
notícias falsas para alarmes fictícios. Se informar é entender o que você está enfrentando, com o direito de saber a verdade.

4º – Não depender de uma única renda na quarentena:


Inegavelmente a pandemia trouxe o desemprego e obrigou muitos a procurar o que fazer. Ativou o medo, mas fez com que as pessoas pensassem à frente na busca de soluções financeiras, durante um período desafiador. Surpreendentemente a busca por empreender nunca esteve tão alta. Decerto a crise motivou a caça por uma renda extra, e a organizar um fundo de garantia para sinistro, além de promover o sentimento de começar por onde for.

5º – Não precisa de crise para ter empatia na quarentena:


Decerto a dor da perda ocasionou a empatia e o impacto causado pelo vírus forçou as pessoas a colocar em prática o “colocar-se no lugar do outro SENDO o outro”, se atentando as dores do próximo sem julgamento prévio e sem comparações. Portanto, foi necessária uma pandemia para entender que pequenos gestos podem causar grandes transformações.

6º – Não conhecer nos faz repetir o erro na quarentena:


Comércios de portas fechadas, hospitais em colapso e serviços públicos suspensos nos mostra que esta não é uma crise sanitária, mas sim, estrutural. Além disso, a desestruturação econômica, classe política em conflito e convulsões sociais, nos ensina que quando esquecemos da história, somos fadados a repetí-la.

Texto por: Manu Almeida

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